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Sobre a Micronação.

    O Reino de Schelland é uma micronação Lusófona Teuto-Brasileira, Fundada em 2016, um país localizado na Região Sul do Brasil Macro.

    Nosso Cotidiano Baseia-se na participação de nossos cidadãos em nosso grupo oficial no facebook.

O que é Micronacionalismo?

1 - Conceito

 

"Simulação política e social de nação"

 

A atividade política e social como condição indispensável Não existe micronacionalismo sem atividade política e social. Esta condição indispensável cria a necessidade da interação e relações de poder entre pessoas sendo esse o conceito básico de política. Algumas nações adotam também a simulação econômica o que é considerado um aperfeiçoamento, porém não condição essencial. Levando em consideração esse conceito podemos tirar algumas observações acerca desta matéria. 

 

Primeiramente, podemos observar que a idéia de micronacionalismo extrapola os níveis da internet, pois esta não é condição para que se realize a ação política, por exemplo, alguém pode criar um Reino em sua própria casa, delimitar entre os moradores da casa relações de poder e o resultado desse "teatro" político respeita o conceito e pode ser considerado, sem dúvida, como uma micronação. 

 

Obviamente, a internet possibilita um nível muito maior de alcance de comunicação e permite mais facilidade para o desenvolvimento populacional e é, sem dúvida, o maior fator que alavanca o funcionamento do micronacionalismo hoje, onde é o principal meio de comunicação da maioria esmagadora das micronações. 

 

Podemos afirmar também que "nações de uma só pessoa", ou "nações" onde existem vários personagens controlados por uma só pessoa não podem ser consideradas micronacionalismo porque não se encontra nelas a atividade política e social, ou seja, a interação entre pessoas. Não cabe a nós, nessa tese, caracterizar esses tipos de atividades, cabe apenas desvinculá-las do conceito de micronacionalismo. 

 

2 - Por que simulação? 

 

"Nenhuma micronação pretende emancipar-se verdadeiramente" 

 

Diferenças básicas entre micronações e movimentos bélicos de secessão Apesar de a maioria das micronações delimitarem um território real para a sua existência, como uma ilha do Pacífico, uma cidade, um prédio ou quem sabe uma casa, nenhuma delas tem a pretensão de emancipar-se verdadeiramente do Estado Nacional no qual o território escolhido se encontra. 

 

Caso contrário, não fica caracterizado o micronacionalismo e sim movimentos de secessão como a Chechênia na Rússia, o País Basco na Espanha, algo que não é de nossa alçada foge completamente da intenção e do caráter deste hobby. 

 

Devido a este fato, fica clara a intenção micronacionalista de se fazer uma simulação de País e não criar um novo Estado-Nação nos moldes do que se verifica atualmente no mundo. 

 

3 - Por que não virtual?

 

"Muita gente se refere a tudo que está na rede como virtual" 

 

Separando o real, o virtual e o imaginário O conceito de "virtual" foi muito conotado, assumindo vários sentidos. Com a popularização da internet, muita gente passou a se referir a tudo que está na rede desta forma. Uma micronação não pode ser virtual nem neste sentido pois, como vimos anteriormente, sua existência extrapola os níveis da internet. 

 

Uma micronação, mais do que toda a parte "on-line", é formada pelas relações sociais, políticas e, por conseqüência, de poder que nela se estabelecem. As pessoas que estão se relacionando são reais, mesmo que por trás de personagens imaginários, assim como as relações sociais. Estas pessoas podem se encontrar pessoalmente e vão falar destas relações e inseridos nestas mesmas relações, portanto, nada há de virtual nisso. 

 

Ao mesmo tempo não podemos afirmar que micronações são nações reais. Afinal de contas, ninguém está vivendo lá ou não se quer o separatismo real. Desta forma e como foi explicado anteriormente, o melhor termo para se referir ao micronacionalismo é simulação. 

 

4 - Então é um jogo? Um R.P.G.? 

 

"Um jogo implica uma disputa em que haja um vencedor" 

 

A grande vitória no micronacionalismo é se divertir A resposta é não. Um jugo implica em uma disputa em que haja, ao final, um vencedor. Existe um "jogo" político, é óbvio, mas o vencedor das eleições, por exemplo, não é o "vencedor do micronacionalismo" simplesmente porque o micronacionalismo não é um fim na eleição e sim um fim em si mesmo, ou seja, a estrutura micronacional deve ser muito mais do que apenas a esfera política. A grande vitória, portanto, é a diversão! Não há vencedores ou perdedores o objetivo é o próprio desenvolvimento da nação. 

 

Um jogo também necessita de regras. Um regulamento, uma receita para um objetivo que é a vitória. No micronacionalismo, como na vida real, não há uma regra definida para ascender socialmente assim como não há um objetivo pleno e absoluto e sim objetivos pessoais/subjetivos: Uma pessoa pode ter como objetivo ser o Presidente, outra de ser o empresário mais conhecido do País, isso vai depender da competência e carisma de cada um e não de regras ou regulamentos. 

 

A sociedade micronacional apresenta leis, que são base de administração de conflitos nas relações sociais, porém essas leis não podem, de maneira nenhuma, ser confundidas com um regulamento de jogo, elas não tem objetivo de vitória, sendo apenas reguladoras da ação política e social. 

 

Um R.P.G., por exemplo, necessita de um mestre que determina a maioria das coisas durante o jogo. O fator sorte(dados) também é bastante utilizado, visando representar o acaso da vida real. Em uma micronação não existe a figura do mestre. Nem os déspotas são mestres porque se têm essa condição é porque existem pessoas que, por um motivo ou por outro dão suporte e condição para que o despotismo continue outorgando poder ao ditador, mas seu poder é limitado na medida em que não pode definir nada se esse "pacto" for quebrado. Ele não pode simplesmente dizer "caiu um raio na sua cabeça e você morreu!" ou "já que você falou isso, te responderam isso". 

 

O micronacionalismo tem, portanto, uma lógica muito parecida com a da vida real dado que o acaso age sobre ele da mesma e inexpugnável forma. Ninguém pode definir o que vai acontecer no dia seguinte senão o próprio resultado das interações sociais e políticas entre os cidadãos, seja a sociedade democrática ou despótica. 

 

6 - Conclusão 

 

"O micronacionalismo é um hobby, para diversão e entretenimento" 

 

Considerações finais sobre o verdadeiro sentido do micronacionalismo Analisando, portanto, todos estes aspectos fundamentais concluímos que o micronacionalismo é um hobby, uma simulação de País criada para diversão e entretenimento. Como tem sua vida social basiada primordialmente em situações imaginárias, pode-se dizer que é uma simulação abstrata, porém nunca virtual, pois é abstrata mas existe. 

 

Apesar de sua intenção, o micronacionalismo acaba sendo palco de demonstração das aflições psicológicas de pessoas que transferem a sua realização pessoal para o hobby, terreno fértil para o aparecimento dos egos exacerbados. 

 

O micronacionalismo deve ser encarado como uma grande diversão e não como razão de vida. Como todo hobby, ele deve gerar entretenimento e não estresse. Afinal, esse sim é o seu verdadeiro objetivo.

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